terça-feira, 26 de agosto de 2014

Dica da Dinâmica Sports - Por que corremos?


ESTAVA aqui vendo as fotos da Maratona do Rio, realizada neste domingo, 27 de julho, e fiquei me lembrando da minha, no ano passado. A minha primeira maratona. Jurei, lá mesmo, chegando ao Aterro do Flamengo, que seria a última! Lembro-me disso até hoje, como se fosse ontem. Uma maratona internacional, cheia de gente do mundo inteiro. Linda, deslumbrante, e quente! Achei que ficaria feliz com a conquista e uma medalha, que a colocaria num quadro, como destaque dos 42 vencidos! Mas quem disse que cumpri a promessa? Hoje me inscrevi na Maratona de São Paulo, com o mesmo pensamento: só mais essa e chega…

Corredor é um bicho estranho! A gente acorda cedinho, às vezes de madrugada, num frio de doer, ou debaixo de chuva, ou enfrentamos um sol escaldante… Há os que enfrentam desertos ou continentes de gelo…
Chego à conclusão de que não somos normais. Acho que é muito sol na cabeça, sei lá. Mas o fato é que a gente sofre, sente dor, câimbra, sono, fome, frio, sede, dor, já falei, mas vou falar de novo… Dói! E a gente continua. Existe um corredor interno (será insano?) no coração da gente, que não deixa a gente desistir. Ele fica lá soprando no nosso ouvido ”Só mais um pouquinho… Só mais 1k…”.
A gente se acostuma com o volume exigido dos longões, no treino de uma maratona, a nossa resistência cai, mas a força interna aumenta. Acordamos decididos, enfrentamos o asfalto, a areia, a terra, a família e os amigos que nos chamam de loucos. E lá vamos nós. Paçoca, gel e dinheiro no bolsa para hidratação. E saímos…Fazemos um tour, vamos de parque em parque, de bairro em bairro. A cidade fica tão interessante quando você corre por ela. E corredor já virou uma paisagem constante nas ruas de Sampa. É só passar correndo que um te reconhece e sorri.
E a gente se acostuma tanto a toda essa disciplina, essa rotina, essa exigência, que quando comentamos, as pessoas se espantam! Você vai correndo até lá? – perguntam. É muito engraçado. Mas é bom de ouvir, porque às vezes a gente tem que ver como um certo grau de heroísmo aquilo que fazemos, afinal é assim que muitas pessoas nos veem. Não por orgulho, mas por reconhecimento, por esforço. A gente se acostuma tanto com essas loucuras que vamos perdendo a noção do normal. E realmente, enfrentar tudo isso nos faz um pouco heróicos, não faz?
Sair para correr, seja 5 ou 50k, exige uma força grande, dedicação, coragem!
E quando o treino acaba, e você chega em casa, morta, mas feliz, com a sensação de dever cumprido (e comprido), com o coração radiante, por ter vencido mais um desafio, mais um treino. Contentamento! Esta é a palavra que define um corredor depois de uma corrida… Puro contentamento!
foto:divulgação/organização



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